Contatos e ações de colaboração anteriores (e.g.: “CBO - Congresso Brasileiro de Oceanografia”, Fortaleza, 20-24/05/2008; “VII Reunião do Quaternário Ibérico”, Faro, 5-9/10/2009; “Workshop Antropicosta Iberoamericana, Cananéia, 23/3-1/4/2010; “Simpósio da Baía de Sepetiba - Estado da Arte", Rio de Janeiro, 16-18/06/2010), bem como de missões de trabalho bilaterais, revelaram que seria útil incrementar a colaboração entre pesquisadores do Brasil e de Portugal no estudo interdisciplinar de das zonas costeiras das duas margens do Atlântico, que ressaltassem as interações Homem-Meio.
Assim, por iniciativa do CEPESE (Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade), realizou-se no Porto, entre 11 e 12 de Outubro de 2010, uma reunião de reflexão em que se decidiu criar uma rede científica informal focalizada no estudo interdisciplinar das interações Homem-Meio nas zonas costeiras, designada por Rede BRASPOR (Base de conhecimentos Relacionais APlicados para o ORdenamento do Litoral).
Estiveram presentes nessa reunião de constituição pesquisadores do Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade (CEPESE), do Instituto Tecnológico e Nuclear (ITN), e das universidades Aberta (UAb), dos Açores (UAc), do Algarve (UAlg), do Ceará (UECE e UFC/Labomar), e do Rio de Janeiro (UERJ), bem como os Presidentes da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) e um representante da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP).
Em 2012 a 2ª Reunião da Rede BRASPOR ocorreu em Paraty (RJ, Brasil).
Em 2013 a 3ª Reunião da Rede BRASPOR, organizada por Rosário Bastos(UAb/CEPESE) ocorreu em Ponte de Lima (Portugal).
Em 2014 a 4ª Reunião da Rede BRASPOR, organizada por Antonieta Rodrigues (UERJ) ocorreu em Manaus (AM, Brasil).
Em 2015 a 5ª Reunião da Rede BRASPOR, organizada por Joana Gaspar de Freitas (IELT) ocorreu em Mértola (Portugal).
Em 2016 a 6ª Reunião da Rede BRASPOR, organizada por Davis Pereira de Paula (UVA) ocorreu em Fortaleza (CE, Brasil).
Em 2017 a 7ª Reunião da Rede BRASPOR, organizada por Joana Gaspar de Freitas (IELT) ocorreu em Sesimbra (Portugal).
Em 2018 a 8ª Reunião da Rede BRASPOR, organizada por Miguel da Guia Albuquerque (IFRS) ocorreu em Rio Grande (RS, Brasil).
Em 2019 a 9ª Reunião da Rede BRASPOR, organizada por Joana Gaspar de Freitas (IELT) ocorreu em Sagres (Portugal).
Em 2020 a 10ª Reunião da Rede BRASPOR, organizada por Emiliano Castro de Oliveira (UNIFESP) ocorreu no formato online em Santos (SP, Brasil)
Em 2021 a 11ª Reunião da Rede BRASPOR, organizada por Monique Palma (UNL/CITCEM) ocorreu no formato onlineem Porto (Portugal).
Em 2022 a 12ª Reunião da Rede BRASPOR, organizada por Cristina Crispim (UFPB) ocorreu em João Pessoa (PB, Brasil).
Em 2023 a 13ª Reunião da Rede BRASPOR, organizada por Catarina Garcia (UNL/CHAM) ocorreu em Cascais (Portugal).
Em 2024 a 14ª Reunião da Rede BRASPOR, organizada por Fábio Ferreira Dias (UFF), ocorrerá em Niterói (RJ, Brasil).
Assim, a Rede BRASPOR constituiu-se como uma rede informal, aberta, de geometria variável e sem financiamentos específicos, que pretende criar novas sinergias que propiciem mais intensa colaboração entre cientistas que se dedicam ao estudo de sistemas costeiros diferenciados e contrastantes.
É uma rede informal porquanto não está institucionalizada, não tem existência jurídica e não existe qualquer tipo de relacionamento hierárquico intrínseco à rede, correspondendo a um fórum de discussão onde todos os participantes têm os mesmos direitos.
É uma rede aberta, pois que qualquer pesquisador dedicado ao estudo das zonas costeiras pode a ela aderir em qualquer altura, podendo dela sair quando deixar de se rever nos princípios que a orientam.
Devido à aludida inexistência de confinamentos na adesão à rede, esta tem geometria variável, ou seja, vai-se ampliando ou reduzindo consoante o grau em que os membros das comunidades científicas brasileira e portuguesa nela se revêem, e conforme vão aproveitando as suas potencialidades. Igualmente os grupos que se constituam com base num objetivo comum poderão ampliar-se, dividir-se ou desarticular-se em função de novos interesses / desafios que venham a envisajar.
Como rede informal, sem existência jurídica, não tem financiamentos específicos. As ações promovidas pela Rede são, na realidade, desenvolvidas por elementos ativos que a ela aderiram, e que para tal procuram recursos específicos, no que podem beneficiar (e têm, efetivamente, beneficiado) do contexto gerado pela Rede.
Consequentemente, a Rede BRASPOR corresponde a um fórum em que os pesquisadores participantes apresentam resultados das suas pesquisas (sujeitando-os à critica construtiva e sugestões dos outros pesquisadores, no sentido de melhorar a qualidade da investigação e ampliar os níveis de interdisciplinaridade), em que se estabelecem relacionamentos profissionais que propiciam novas ações de colaboração (designadamente entre cientistas de áreas diferenciadas), e em que, beneficiando das complementaridades existentes na Rede, se formulam novos projetos científicos (que os pesquisadores interessados apresentarão às agências financiadoras para obtenção de recursos).
Desde a sua formação, em 2011, a Rede BRASPOR, principalmente através das suas reuniões plenárias, tem vindo a criar sinergias diversificadas que, entre outros, têm propiciado:
• a concretização de ações efetivas de colaboração entre diversos pesquisadores integrados na Rede;
• a formulação de novos projetos de pesquisa posteriormente submetidos pelos pesquisadores envolvidos às agências de financiamento da Ciência para obtenção de recursos;
• a publicação de artigos em revistas científicas internacionais resultantes de ações de pesquisa cuja formulação se iniciou nas reuniões da Rede;
• o estabelecimento de convênios para permuta de estudantes de doutorado entre instituições brasileiras e portuguesas;
• a publicação de livros integrando artigos científicos correspondentes a apresentações efetuadas nas reuniões da Rede.
NOTA: Na reunião da Rede BRASPOR de 2014, em Manaus, foi apresentada a hipótese de evolução para uma Rede formalizada, tendente à captação de financiamentos específicos. Assim, está atualmente em discussão a opção por dois modelos distintos de rede, até certo ponto excludentes entre si: uma rede informal, aberta, de geometria variável e sem financiamentos específicos (ou seja, um fórum de discussão e de estabelecimento de colaborações, deixando aos pesquisadores envolvidos a tarefa de procurarem os recursos necessários), ou uma rede institucionalizada, fechada aos pesquisadores / instituições não aderentes, de geometria bem definida e com potencial para obter diretamente recursos financeiros (isto é, uma associação de cientistas / universidades que desenvolve as suas próprias ações de investigação com financiamentos captados pela própria Rede). Qualquer um dos modelos é válido, embora os objetivos básicos sejam completamente distintos. Por enquanto a rede se mantem informal.